sábado, 26 de abril de 2008

Cavaco e os jovens

Não sei se é ridicularizar os jovens que se consegue cativá-los!
O que o senhor presidente a república disse ontem não é novidade para ninguém, mas a falta de cultura geral dos jovens é responsabilidade da escola, que sempre teve uma relação complicada com a história, é culpa dos nossos media, que passam tempo a mais telenovelas de jovens atrasados mentais e também é culpa, tal com afirmou Cavaco Silva, dos discursos inflamados e sem conteúdo dos nossos dirigentes políticos...
Não é que não haja um fundo de razão na preocupação de Cavaco Silva, mas a forma como o fez com um estudo e ressalvando aquelas três perguntas, que os jornalistas foram a correr para a rua repetir para mostrar a ignorância das gerações mais novas é revoltante!
Agora além de sermos a geração de malandros armados em senhores doutores, de sermos a geração 500€, podemos acrescentar o rótulo de ignorantes... não é assim que se cativa os jovens! Porque os desafios que se colocam aos jovens hoje em dia são imensos e 365 dias por ano, e o único dia que se lembram dos nossos problemas, é para complicar ainda mais os outros dias todos!
Sabia responder àquelas perguntas todas, mas nem por isso a minha atitude face à política é diferente da que o estudo fala.... porque acima de tudo na esperança de obterem mais votos, na altura das eleições, os discursos são feitos para um todo, e nunca se lembram dos desafios e problemas dos jovens, e aí, pergunto, como querem que eles se interessem se não há nada na política para eles se reverem?

1 comentário:

Táxi Pluvioso disse...

A juventude é uma doença com cura - chama-se o tempo.

O problema do Cavaco é outro. 1)dar trabalho à sua universidade do coração (como sou optimista espero que tenha pagado do seu bolso e não com a massa dos contribuintes. Um jornalista da Maria teria feito o relatório, sentado à secretária, sem gastar papel em inquéritos e as conclusões seriam idênticas).

2) a História é uma ideologia, ou seja, um conjunto de ideias que dão sentido ao presente. O Salazar usou-a, via Camões, estes no poleiro, hoje, fazem exactamente a mesma coisa.

3) ele não tinha outro assunto. Ele tem que mandar umas bocas nestes dias festivos. (Não ia usar cravo na lapela e falar do Alberto João Jardim). Os políticos ouvem e vão para a jantarada, os jornalistas fazem o escarcéu do costume, mostrando ao povo como interpretar os ditos do Oráculo de Belém.

Não há diferença entre jovens e velhos, em qualquer aspecto, em Portugal (só nas rugas).